quarta-feira, 28 de novembro de 2007

MOSTRA NACIONAL DE FANZINES



Àqueles que ainda acessam nosso blog, vejam que legal:
A Associação dos Artistas do Litoral Paulista organiza anualmente a Mostra Nacional de Fanzines.
O evento vai até o dia 9 de dezembro. Com debates sobre produção de fanzines, oficinas e uma exposição com trabalhos humorísticos de desenhistas.
Tá aí, educadoras. Quem sabe isso não vira regra nas atividades escolares, hein?
abraços

terça-feira, 13 de novembro de 2007

JODOROWSKY


cartaz do filme "El Topo", de 1970.

Alejandro Jodorowsky nasceu em Iquique, Chile, em 1929.
É considerado um gênio criativo de nosso tempo, em todas as áreas que atua - e não são poucas: cinema, quadrinhos, teatro, poesia, fotografia, literatura.
Sua visão de mundo e suas idéias são fonte de inspiração para uma nova maneira de pensar e agir.
Em 1962, ele fundou o "movimento Pânico" (uma referência ao deus Pã, que se manifesta através de três elementos: terror, humor e simultaneidade). Este movimento, quando fundado, pretendia, nas palavras do próprio Jodorowsky: "Naquela época, queríamos rir da filosofia francesa, tão séria. Ainda que hoje, tal como está o mundo, deveríamos rir da filosofia mundial, que não nos serviu para nada".
Jodorowsky também é criador da Psicomagia, uma espécie de terapia que deseja sanar todos os bloqueios materiais, corporais, sexuais, emocionais e intelectuais que nos impedem de realizar nosso destino na vida.
Os princípios da Psicomagia são:
1. Fracassar não existe. Em cada fracasso, mudamos de caminho.
2. Para chegar ao que és, deves ir por onde não és.
3. Chegar a ser aquilo que és é a mais intensa felicidade.

A Psicomagia prevê que em toda a enfermidade há:
-Uma proibição: proibem-te de ser o que és.
-Uma falta de consciência: quando não te dás conta daquilo que realmente és.
-Uma falta de beleza: quando perdes a beleza, ficas doente.

O Centro Cultural do Banco do Brasil, em São Paulo, promoverá, entre 28 de novembro e 5 de dezembro, uma mostra com os filmes de Alejandro Jodorowsky, que contará com a presença do próprio, realizando palestras sobre sua obra.
acessem: http://www44.bb.com.br/appbb/portal/bb/ctr2/sp/DetalheEvento.jsp?Evento.codigo=32652&cod=2

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

ALGUMAS FOTOS DA OFICINA DE FANZINES

Gente, conforme prometido, aqui vão algumas fotos das apresentações da oficina.
Ficaram todas ótimas.
Quero agradecer à Daniele e à Isis por disponibilizarem os arquivos. Fiquem à vontade para copiar - e deixem seus comentários!!!!
Abraços
André




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terça-feira, 9 de outubro de 2007

FANZINE INFORMATIVO EDUCACIONAL



Acadêmicas: Aline Corrêa Rodrigues, Claudicéia Fernandes Pires, Juliana Maria Santos, Marla dos Santos Prestes, Semla de Fátima Troyner Xavier.

Comentários:
O Fanzine está muito bem escrito, com texto criativos, todos autorais, com exceção do texto de Paulo Freire. Gostei bastante dos textos, que demonstram uma compreensão do alcance do fazer pedagógico. O tema relativo à afetividade, que inclui o lúdico como fator de recuperação de doentes em hospitais, é bastante pertinente. As acadêmicas cumpriram todos os objetivos da oficina.

domingo, 7 de outubro de 2007

FANZINE LEITURA EM TECIDO




Alunas: Claudete Scheffler, Ísis Thomaz, Sandra Jacobi, Milayni Macedo, Daniele Gonçalves.

Comentário:
A avaliação que eu faço sobre esta oficina é de que todos os trabalhos atingiram os objetivos. É claro, alguns trabalhos mereceram destaque nos quesitos criatividade, organização e produção de textos, assim como alguns deixaram um pouco a desejar na questão da produção de textos, principalmente. Mas, em geral, os resultados foram excelentes. Porém, o fanzine "Leitura em tecido" é, sem sombra de dúvidas, o mais criativo dentre todos. O ineditismo da produção surge pelo fato de que até agora, entre todas as vezes que realizei oficinas de fanzines com meus alunos, em nenhum momento havia me ocorrido que a possibilidade de utilização de retalhos de tecidos traria uma produção tão interessante. A criatividade, neste sentido, é nota 10. A idéia de reciclar materiais como tecidos e utilizá-los para fins que não são os que normalmente estipulamos, faz deste fanzine uma grande proposta, que tem tudo para dar certo com o trabalho em classes de Ensino Fundamental e Médio. Além da parte estética e plástica, que não apenas no original, mas na reprodução fotocopiada produz efeitos visuais muito interessantes, os textos que acompanham o zine estavam excelentes, demonstrando grande qualidade criativa das acadêmicas.
Sem diminuir nenhum dos outros trabalhos, quero que fique claro que gostei mesmo, muitíssimo, da produção desta equipe.


Alunas: Leriane, Rubia, Klescy, Antonia, Josiane, Marilda, Dilmarize.

Comentários:
O fanzine feminista não poderia faltar!
Textos bem escritos, demonstrando sensibilidade, consciência ecológica, divulgação da cultura e do cinema. Contém belas ilustrações, e é totalmente autoral. Um excelente trabalho, que mereceu destaque entre as demais produções, pois demonstrou interesse e concentração da equipe na produção do fanzine. Com certeza, a equipe soube trabalhar os temas de forma inteligente e souberam utilizar o veículo de maneira sofisticada. A avaliação é de que realmente as acadêmicas trabalharam como equipe.

FANZINE MISTURINHA



Alunas: Elisangela Calixto, Gislaine Weeig, Daniele Binbotto, Solange Kubaski.

Comentários:
Um trabalho criativo, em que os textos buscaram explorar de maneira sincera os sentimentos e anseios das acadêmicas. Além disso, foi muito bem diagramado, e contou com uma sessão de classificados bastante criativa. Fanzine bem elaborado, dentro das propostas da oficina.

sábado, 6 de outubro de 2007

FANZINE INFORMATIVO



Alunas: Taciane Rocha, Dayane Gonsalves, Francine Chemin.

Comentários:
Outra vez, a opção foi pela colagem de textos. Com exceção do editorial, todos os outros textos foram retirados de revistas, e tratam de assuntos como casamento, agressividade adolescente e horóscopo.
Certamente, se houvesse textos autorais, o fanzine teria atingido melhor seus objetivos.

FANZINE HUMOR TEM AKI



Alunas: Adriana Kmetiuk, Cleo Santos, Ingrid Max.

Comentário:
Fanzine de grande criatividade, com textos bem humorados e bem escritos. As acadêmicas valorizaram os espaços e mesclaram textos próprios com textos alheios. O texto sobre disciplina e indisciplina trouxe uma discussão acadêmica ao fanzine, e isto com certeza valorizou a produção. Ainda há espaço para a crítica política, aludindo à absolvição do senador Renan Calheiros pelo Congresso Nacional, o que só fortalece a idéia de um fanzine voltado para a discussão de nível elevado e sem censuras. Esteticamente, o fanzine é bem elaborado, organizado e bonito.

FANZINE HELLO




Alunas: não colocaram o nome na editoria!!! falta grave!!!!

Comentários:
Fanzine composto de colagens que buscaram valorizar idéias e frases sobre educação. Também expôs alguns pensamentos e opiniões das autoras sobre educação e trabalho. A imagem do líder revolucionário cubano Fidel Castro, na contra-capa, demonstra o ideal de que a revolução na educação é possível, e me parece que as acadêmicas se deixaram influenciar positivamente por isso. Os espaços foram preenchidos a caneta, o que fez com o que o material ficasse bem atraente quando reproduzido em fotocópia.

FANZINE "COM FOME DE GORDURA"



Alunas: Janaína e Paola.

Comentário:
Um fanzine que fala da necessidade de organizarmos nossa alimentação, pois disso depende nossa qualidade de vida. Composto por alguns textos, algumas colagens, dá dicas de alimentação saudável e discute a prática de esportes para uma vida mais saudável. Interessante o tema, pois é sem dúvidas algo que pode chamar a atenção de leitores e trata-se de uma discussão válida para a escola e para a vida.

FANZINE "GAZETA DA SECAL"




Alunas: Simone Kuipers, Rosemeri Hardtman, Adriana Carla Nas, Giovana Nadal, Telma Boiko.

Comentário:
Um fanzine que poderia muito bem servir como informativo oficial da faculdade. Expressa a opinião das autoras a respeito da vida e das atividades desenvolvidas no dia-a-dia da faculdade. Uma entrevista com a coordenadora do curso de pedagogia, Professora Vilmara Dechandt, ilustra a forma como planejamento das atividades ocorre e quais os objetivos da formação são levados em conta, no decorrer do curso.
No aspecto gráfico, trata-se de um fanzine bem elaborado, sóbrio, bem organizado, visualmente fácil de ler. Interessante proposta, que certamente valoriza a convivência e os estudos numa instituição de ensino.

FANZINE EDUCAÇÃO AÇÃO



Alunos: Emerson Luiz Nass, Amanda Aires Barbosa, Danielli Martins.

Comentário:
O trabalho revelou o empenho e a criatividade da equipe, tanto na produção de textos, quanto na organização do fanzine. Contaram com a utilização de vários recursos estilísticos e estéticos, e o resultado ficou realmente muito bom. Sem falar que as idéias dos autores ficou explícita, nos vários textos opinativos e no editorial. Um exemplo de um trabalho em que se expõem os pensamentos e as convicções dos educadores. No aspecto geral, um trabalho muito interessante.

FANZINE "CADERNO KIDS"



Alunas: Francine Aleixo, Ana Cláudia, Mara Beatriz e Scheila.

Comentário:
Um fanzine destinado à "criançada", portanto, repleto de cores, brincadeiras, curiosidades, piadas, desenhos, passatempos, poesias.
Criatividade nos textos e na organização dos espaços. Como no fanzine anterior, deixou um pouco a desejar na produção autoral, porém, valem os mesmos comentários - às vezes, a escolha de determinados textos pode revelar uma leitura de mundo. É claro, devemos lembrar que esta oficina foi uma experiência que deverá ser reproduzida por nossas pedagogas em sala de aula. Não tenho dúvidas de que a realização deste trabalho foi bastante importante, no sentido de evidenciar uma técnica didático-pedagógica de relativa simplicidade, mas de grande impacto na produção de conhecimentos pela escola.

FANZINE BOLETIM INFORMATIVO



Alunas: Ana Paula Besten e Karina de Fátima Zander.

Comentário:
Este trabalho foi realizado a partir de colagens de textos e fotos, retirados de outros veículos de informação. Com exceção do editorial e da seção de horóscopo, todos os outros textos já haviam sido publicados anteriormente em outras fontes.
Isto, se por um lado, não traduz o objetivo da oficina, que era a produção de textos pelos participantes, por outro lado é um aspecto interessante, porque traz intrínseca uma leitura, um posicionamento, em relação a textos excritos por outros. Isto pode revelar uma noção de como as alunas compreendem sobre os fatos divulgados na imprensa.
Isto não desvaloriza nem desmerece o trabalho, pois expressa um tipo de pensamento e de atitude em relação a determinadas colocações e posicionamentos.

Oficina de Fanzine - Parte final

Queridas alunas.
Conforme já disse em aula, fiquei muito, mas muito feliz, mesmo, com o resultado do nosso trabalho.
Acredito que vocês compreenderam o espírito da coisa, e puderam perceber o quanto este tipo de atividade é importante para o dia-a-dia da escola não parecer tão chato, deprimente e sempre igual. É possível inovar, sem recorrer a grandes pirotecnias, e a inovação se faz assim, de maneira simples, mas com grande relevância e intensidade.
Educadores devem acreditar, sempre, na solidariedade, fraternidade, direitos iguais, e perceber que devemos amar nossos alunos - e nossos semelhantes, nossa família, nossos pais, irmãos, cônjuges - não apesar das diferenças, mas por causa delas.
É maravilhoso perceber que podemos alcançar, a partir de idéias e conceitos relativamente simples, grandes avanços. Avançar em busca de maior e mais amplos conhecimentos, mas reconhecer que quanto mais amplos, mais simples eles são.
Nossa atitude em relação à vida e ao que desejamos é que define nosso caráter, e eu não tenho dúvidas que nosso caráter deve ser de bondade, de alegria, de confiança.
Estamos vivos, em pleno século 21, um momento de grandes dificuldades, incompreensões, contradições, crises. Mas é por isso mesmo que temos que resgatar os ideais mais elevados, independente das crenças, ideologias, ideais, pensamentos de cada um. Somos humanos, estamos vivos. Estamos aqui e agora. Isso é o que importa.
Vocês foram e são ótimos, estão todos de parabéns.
Mantenham acesa esta chama.
Os próximos tópicos serão relacionados a cada fanzine produzido. Farei um breve comentário sobre cada um, e espero que vocês também exponham seus pontos de vista sobre esta atividade.
Estou orgulhoso e contente por termos, em tão pouco tempo, alcançado tantas coisas juntos.
Obrigado.
Um abraço.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

4.º BIMESTRE - OFICINA DIDÁTICA PARANGOLÉ



Parangolé, escultura móvel criada pelo artista plástico Hélio Oiticica (1939-1980)


Demorei, mas aqui estou.
Este post é sobre a idéia de realizarmos uma oficina no quarto bimestre, com as turmas do 3.º ano, disciplina de Fundamentos Teóricos e Metodológicos da Língua Portuguesa, e 1.º ano, disciplina de Língua Portuguesa.
A idéia deste trabalho é envolver várias temáticas, desde o ensino da língua portuguesa como algo interessante e produtivo, passando por uma experiência didático-pedagógica que sirva como parâmetro para o trabalho dos futuros educadores, incluindo nisso o desenvolvimento artístico e científico, que deve fazer parte da vida de todos nós, envolvidos de alguma maneira com o ensino superior.
O objetivo deste trabalho é realizar a produção de textos a partir de tópicos da Língua Portuguesa, como sintaxe, morfologia, ortografia, na forma de produtos.
Por produtos, entendemos fanzines; seminários; planejamentos de aula com utilização de recursos como tv, rádio, cd, computador; blog; entre outros. O trabalho final a ser apresentado pelas equipes é um pôster, produzido conforme padrão de apresentação de trabalho em eventos científicos. Neste pôster, estará explícito o resultado da oficina, como relato científico do trabalho.
A idéia é que cada equipe se envolva com ao menos uma temática, produzam textos, discutam um tópico da Língua Portuguesa, realizem uma produção e ao final, apresentem os resultados científicos desta experiência.
Com isso, matamos vários coelhos de uma vez só: além de darmos conta do conteúdo da disciplina, de uma maneira criativa e contemporânea, também colocaremos em prática alguns recursos didático-pedagógicos que podem servir de parâmetros para nossa atuação em sala de aula, e com isso, estaremos cumprindo nosso papel de educadores críticos, que é o que se espera de nós. Além disso, daremos vasão à nossa criatividade artístico-científica, no sentido de um trabalho multisensorial, que envolverá diversos recursos. Temos ainda o aspecto da avaliação dos trabalhos - algo que nem sempre é tratado da maneira adequada, além de ser um conceito que muitos educadores tratam como tabu. A avaliação é um tema importante a ser colocado em pauta, em qualquer atividade didático-pedagógica, e vamos discutir uma forma de avaliação que privilegie também nosso aprendizado.
Ao final da oficina, faremos um evento acadêmico, com apresentação dos trabalhos, contando com o apoio da coordenação do curso, como maneira de demonstrar que na Secal se produz conhecimento.
Bem, a idéia está lançada, agora é com vocês, vamos discutir isso em colocar em prática já nas próximas aulas.
Antes que me perguntem: o nome "Oficina Didática Parangolé" é uma homenagem ao artista Hélio Oiticica (1939-1980) e aos 40 anos da Tropicália, movimento artístico-literário-musical, que foi dos mais importantes na arte brasileira do século XX.

Para saber mais sobre Hélio Oiticica e os parangolés, existem vários sites - sugiro: http://www.mac.usp.br/projetos/seculoxx/modulo3/neoconcreto/oiticica/index.html

Sobre o Tropicalismo: http://www.tropicalia.com.br/

Abraços e beijos

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

4.º BIMESTRE

Galera, tou cansadíssimo.
Mas amanhã, tem post novo.
Beijos e abraços.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

OFICINA DE FANZINE 3


Queridas alunas e alunos.
Em primeiro lugar, gostaria de dizer que estou muito satisfeito com a produção de vocês todos. Compreendo perfeitamente toda esta ansiedade em relação à finalização dos TCC's e tudo o mais, mas tenho certeza de que vocês darão conta do recado. É preciso compreender que nem só de TCC vivem os acadêmicos!
Nossas aulas são um espaço para experimentação e criatividade, por isso, não temam, liberem o lado criativo sem medo de acertar.
Para a próxima aula, é importante lembrar que as equipes deverão comparecer com um esboço do fanzine a ser produzido. Este esboço será o guia para nossa produção. Vale lembrar, também, que cada membro da equipe deverá produzir ao menos um texto para ser publicado no fanzine. Os textos devem estar prontos, pois na aula apenas faremos o procedimento de construção e organização dos zines.
Lembrem-se de trazer canetas coloridas, canetões, canetinhas, pincel atômico, tesoura, cola, papel sulfite, recortes variados e muita criatividade.
Um texto que deve constar de todos os trabalhos é o editorial, que trata-se da "voz" oficial do fanzine: serve para apresentar o trabalho, e de maneira geral, apresentar os textos que serão publicados.
Tenho certeza de que tudo correrá bem e todos sairemos satisfeitos com esta atividade.
Abraços

terça-feira, 11 de setembro de 2007

ESTUDO DOS VERBOS

O estudo dos verbos parte fundamental da Língua Portuguesa.

Em torno dos verbos, organizam-se as orações e períodos, portanto, é em torno deles que se estrutura o pensamento.

Primeiramente, vamos concentrar os estudos na questão dos “paradigmas da conjugação”, cujo conhecimento é indispensável à produção de textos representativos da modalidade culta da língua portuguesa.

CONCEITUAÇÃO
Verbo é a palavra que se flexiona em número (singular/ plural), pessoa (1.ª, 2.ª, 3.ª), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo), tempo (presente, pretérito, futuro), voz, (ativa, passiva, reflexiva).
Também é uma palavra que indica ação (fazer, copiar), estado (ser, ficar), fenômeno natural (chover, anoitecer), ocorrência (acontecer, suceder), desejo (aspirar, almejar) entre outros processos.
A principal característica dos verbos são suas flexões, e não seus possíveis significados.

ESTRUTURA DAS FORMAS VERBAIS

Há três tipos de morfema que participam da estruturas das formas verbais: o radical, a vogal temática e as desinências.

Radical é o morfema que concentra o significado essencial do verbo:
Estud-ar vend-er am-ar beb-er part-ir cant-ar escond-er proib-ir

Vogal temática é o morfema que permite a ligação entre o radical e as desinências. Em português, há três vogais temáticas:
A – caracteriza os verbos de primeira conjugação
Solt-a-r Deix-a-r Perdo-a-r

E – caracteriza os verbos da segunda conjugação
Esquec-e-r Sofr-e-r Viv-e-r

I – caracteriza os verbos da terceira conjugação
Assist-i-r Permit-i-r Decid-i-r

O conjunto formado pelo radical e pela vogal temática recebe o nome de tema.

Desinências são morfemas que se acrescentam ao tema para indicar as flexões do verbo.
Há desinências número-pessoais e desinências modo-temporais:

domingo, 2 de setembro de 2007

AI, QUE PREGUIÇA

Macunaíma, (interpretado no cinema por Grande Otelo, em filme do
diretor Joaquim Pedro de Andrade), é personagem central
na literatura brasileira . Mário de Andrade publicou o livro em 1928.
O anti-herói representa as principais características
culturais, raciais, sociais e intelectuais do povo brasileiro.



Macunaíma. Nosso pai. Nosso irmão.
Já leu?
Não?
Então leia!
Ai, que preguiça...
Quando punha os olhos em dinheiro, dandava pra ganhar vintém.
Porém, escreveu a "Carta para as Icamiabas".
Descobriu a rede. A rede pra sonhar.
Nós temos nossa rede pra descobrir: aquela de dormir e esta aqui, mais ampla, extensa, que pode nos levar a saites nunca d'antes navegados.
"Macunaíma, nome que começa com má, tem má sina":
Gostava de "brincar" com as índias tapanhumas.
Quem não gosta de "brincar"? Só quem não sabe. Mas é fácil aprender.
Não pode ter preguiça! Mas o rei da preguiça era Macunaíma! Assim mesmo, ele aprendeu!
Quer dizer, se você tem preguiça, não significa que não pode aprender.
A não ser que aceite a alienação, a falta de perspectiva, o "deus quis assim", as salas de professores vazias de originalidade, as idéias-prontas, o esquema, os planos de aula amarelados, escritos pelos "lentes" dos séculos passados,o receio de mudar, de experimentar, de tentar - e o direito de errar, também!...
Acordai, João!
Expor os sentimentos, desejos e anseios não é um crime. É através disso e da prática que encontra-se a mais autêntica característica humana, que é sonhar, pensar e realizar.
Nunca é tarde para despertar, para olhar o lado ensolarado.
O que seria estar vivo sem viver?
Antenas e satélites na cabeça, sentimentos no coração.
Além
Amém.
Shalom.
Salam Aleikham
Allah Akbar.
Não entendeu? Se ler isso, eu comento na sala.

Reflitam:
Será que estamos indo para o futuro em uma caixa???

beijos e abraços

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

GALERA DO 1.º ANO

Conforme o combinado, sempre às sextas-feiras, escreverei um tópico especial, referente às aulas do primeiro ano de Pedagogia.
Hoje, faremos apenas alguns comentários gerais sobre nossa última aula, em especial sobre o que falamos a respeito do acesso ao blog e ao mundo virtual. Gostaria de frisar o seguinte: não pensem que estas atividades blogueiras têm qualquer intuito de impor algo a vocês. Sempre pensei que o mais importante de tudo, quando se trata de estudo, educação, leituras, práticas didáticas novas, é justamente perdermos o medo e o preconceito. Digo isso porque é preciso perceber que o blog não é uma alegoria do ego do professor André, muito pelo contrário. Eu realmente quero que isto aqui se torne um instrumento de trabalho, de pesquisa, de leitura, reflexão, um canal para produzir, publicar e comentar textos. Além do que, o propósito é funcionar como uma espécie de recurso didático que pode e deve ser experimentado também por vocês, alunas e alunos de Pedagogia, durante sua vida acadêmica e profissional.
Gente, é preciso perceber que a internet e seus recursos são parte indissociável do cotidiano de intelectuais, educadores, comunicadores, entre outros profissionais. Não é admissível que um acadêmico de um curso superior não tenha acesso regular à rede. Saibam aqueles que ainda têm algum tipo de receio que mais cedo ou mais tarde, vão se deparar com uma situação em que o uso da net é necessário - seja para providenciar seu currículo Lattes, seja para enviar um texto acadêmico para um evento, seja para pesquisar, trabalhar e até mesmo se divertir.
Aqueles que têm receios à net agem mais ou menos como a vovozinha que ouvia o rádio e dizia que a televisão era uma invenção do diabo - até o dia em que viu o primeiro capítulo de uma novela e nunca mais desligou o aparelho. Não estamos aqui discutindo valores, que fique bem claro: a internet e seus recursos, como qualquer instrumento ou ferramenta tecnológico, não é boa ou má, certa ou errada, inteligente ou ignorante - o uso que se faz dela é que diferencia. Se usarmos a nosso favor, como instrumento capaz de nos auxiliar a organizar nossa vida intelectual, acadêmica e profissional, faremos dela um grande aliado.
Não existe nenhuma desculpa convincente para não acessar: se não tem um computador, algum colega deve ter. Se não "sabe" se virar na net, peça ajuda a alguém mais capacitado (uma filha ou sobrinha pré-adolescente sempre serão bons instrutores). Além do quê, temos computadores na faculdade, disponíveis a vocês na biblioteca. E ainda por cima, há estabelecimentos chamados "lan houses", que alugam temporáriamente máquinas e dão acesso à internet por preços módicos, que muitas vezes não ultrapassam os R$2,00 a hora.
Alegar falta de tempo não me convence tampouco porque isso é uma questão de organização. Vocês devem lembrar que a atividade acadêmica séria demanda estudos e concentração, isto é, se vocês realmente quiserem tornar-se educadoras, e não meras diplomadas.
Diploma é fácil de conseguir, qualquer um consegue. Tornar-se educador, intelectual, acadêmico, demanda compreensão, concentração e aceitação das regras - que, diga-se de passagem, não foram criadas por mim, eu também estou adaptado a elas.
Bem, pra não dizer que não falei das flores, aqui vão alguns links interessantes pra vocês:
Nossa Língua Portuguesa - site oficial do professor Pasquale Neto, com dicas e informações sobre o uso da belíssima língua de Camões.
Site da CNPq, para fazer o Currículo Lattes:
Editora Brasiliense - procurem a coleção Primeiros Passos.
Um abraço a vocês todos.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

OFICINA DE FANZINE AULA 2

Capa do livro "O jornal na sala de aula", de Maria Alice Faria - Editora Contexto (www.editoracontexto.com.br)

Apenas pra vocês não esquecerem, as equipes que produzirão os fanzines estão assim organizadas:

Equipe 1:
Ingrid, Adriana, Marilda, Cleonice

Equipe 2:
Aline, Claudinéia, Marla, Juliana, Selma.

Equipe 3:
Josiane, Antonia, Dilmarize, Rúbia e Leriane

Equipe 4:
Danielle G., Claudete, Milayni, Isis e Sandra.

Equipe 5:
Ana Paula, Dayane, Francine C. e Karina.

Equipe 6:
Emerson, Danielle, Amanda.

Equipe 7:
Geovana, Simone, Telma, Adriane Carla, Rosemeri.

Equipe 8:
Gislaine, Solange, ElisÂngela, Daniele.

Equipe 9:
Francine, Ana Cláudia, Beatriz, Scheila.

Equipe 10:
Janaína Gonçalves, Paola, Ana Paula Pitela e Andréa.

Para a próxima aula, terça que vem, dia 4 de setembro, as equipes terão que produzir 1 CABEÇALHO DE JORNAL, contendo: Nome, slogan, endereço eletrônico, data, ano da publicação, número, preço. Este cabeçalho será elaborado conforme as instruções dadas na aula de ontem, a partir da análise da Primeira Página (PP) dos jornais. Nossa referência básica desta aula é livro "O jornal na sala de aula", de Maria Alice Faria (vide referência completa no tópico "Oficina de fanzine aula 1").

As equipes também deverão produzir 1 manchete e um lide.
O que é a manchete? É a notícia mais importante do dia, que merece destaque, geralmente apresentada com letras maiores. Vocês devem produzir uma manchete a partir de fatos reais ou fictícios, mas é importante que ela seja criativa e pareça verossímil.
O que é o lide? É um elemento fundamental da PP. Trata-se da abertura de notícia ou reportagem, onde se apresenta o assunto que será abordado de maneira suscinta. Na verdade, é um resumo inicial, cuja função é fisgar a curiosidade do leitor, para que este compre o jornal. Um bom lide responde, em forma de síntese, as perguntas básicas referentes ao assunto tratado: quem fez o quê e quando, como, onde e por quê. Esta ordem não é obrigatória, e em alguns lides, algumas destas respostas estão implícitas. Ler e produzir lides é uma atividade interessantíssima. Há ainda a possibilidade de comparação entre lides de vários jornais. Isto dá a possibilidade de compreender como o estilo dos textos pode variar, de um jornal para outro.

Lembrem-se: vocês devem produzir isso até a próxima terça, mas a produção da PP de jornal deverá ser feita em sala de aula. Por isso, não esqueçam de trazer cartolina, recortes, canetões e canetinhas, lápis de cor, cola, tesoura e outros materiais que acharem interessantes.

Também é de fundamental importância que cada equipe compre 1 exemplar do jornal de domingo (sugestão: Gazeta do Povo, Folha de São Paulo ou O Estado de São Paulo). Cada membro da equipe está responsável pela leitura da matéria principal de um caderno, sobre a qual deverá ser produzida uma síntese manuscrita, que será comentada em nosso próximo encontro.

Não custa lembrar: TODAS estas atividades serão avaliadas.
Abraços e beijos, qualquer dúvida, email-me. :-)

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

CONSTRUÇÃO

Alunas e alunos do primeiro ano: segue a letra (correta) de Construção. Na letra que eu distribuí durante a aula, houve algumas gralhas, pois na hora de copiar o texto, fui desatento. Estava faltando um verso na segunda estrofe, e também escrevei "silêncio" ao invés de "cimento", no oitavo verso da primeira estrofe.
Esta música foi lançada por Chico Buarque no ano de 1971, faz parte do álbum homônimo, que é sem dúvida um dos mais marcantes da carreira do compositor. É óbvio que eu aconselho a todos que procurem conhecer melhor a vida e a obra de Chico Buarque, pois, como costuma-se dizer por aí, ele é um dos chamados "patrimônios nacionais", um dos maiores gênios de nossa música e nossa poesia.
Acessem a página oficial: http://www.chicobuarque.uol.com.br/.



CONSTRUÇÃO (Chico Buarque de Hollanda)

Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado

1971 © by Cara Nova Editora Musical Ltda. Av. Rebouças, 1700 CEP 057402-200 - São Paulo - SPTodos os direitos reservados. Copyright Internacional Assegurado. Impresso no Brasil
Capa do LP "Construção", lançado em 1971.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

OFICINA DE FANZINE AULA 1

Na próxima terça-feira, falaremos sobre aspectos técnicos do texto de jornal. O uso do texto de jornal oferece a possibilidade de estabelecer diversas associações entre a leitura e a escrita - atividades intrínsecas.
Vamos destacar o seguinte:
a. As diferenças entre as variações da linguagem oral/ escrita, bem como as diferenças textuais, entre o gênero literário (poesia, prosa, conto, romance, novela) e o gênero jornalístico (o artigo, a crônica, a reportagem, a entrevista, o editorial).
b. A observação do planejamento gráfico, através análise de alguns elementos que compõem o jornal (separação entre textos por espaço, colunas, o cabeçalho, a manchete, a organização das imagens no corpo do texto, etc.). Destaque para como a composição do texto influencia na sua leitura.
c. As diferentes partes que compõe um jornal, chamadas editorias (por ex.: editorias de cultura, esportes, cotidiano, policial, política, informática, agricultura, infantil, etc).
Quando vocês estiverem produzindo fanzines com seus aluninhos e aluninhas na escola, podem fazer muitas outras coisas. As possibilidades são múltiplas.

Vale lembrar:

1. A utilização de um assunto do conteúdo produção de textos é importante como ponto de partida. Entretanto, o fanzine não pode ser "conteudista", pois é importante que os alunos produzam de acordo com suas próprias escolhas.

2. O fanzine não é um jornal. O que se faz é utilizar o jornal como parâmetro, mas a idéia é desconstrução e reconstrução de algo diferente.

3. Na escola, todo o processo, desde a leitura de textos de jornal e escolha temas para produção de textos, até a organização do cronograma de atividades e avaliação, deve ser exposto e debatido. Isso faz com que a oficina se torne realmente um trabalho coletivo, em que todos praticam atividades importantes juntos e têm tarefas individuais a cumprir.

4. Todo tipo de material pode ser trazido para ajudar na confecção dos fanzines: papel, canetinhas, canetas e canetões coloridos, revistas para recorte, fotografias, tesoura, cola, lápis de cor, etc. A criatividade é a parte mais gostosa deste trabalho.

5. A avaliação deve ser através do estabelecimento de critérios, como adequação ao tema, objetividade do texto, nomes mais criativos etc.

Pra não ficar chato, vou apresentar as equipes no próximo tópico.
Dêem uma olhada na bibliografia e não esqueçam de comentar o blog!

Abraços

BIBLIOGRAFIA:

1. O jornal na sala de aula, de Maria Alice Faria. Eu estou usando a edição antiga, da Editora Contexto, 1994, mas este livro interessante tem edições mais recentes. Altamente recomendado.

2. O que é fanzine, de Henrique Magalhães. Este livro faz parte da coleção "Primeiros Passos", Editora Brasiliense. Também recomendado. Encomendei este livro hoje, por R$ 16,00. Também recomendadíssimo.
Nesta coleção, existem centenas de títulos interessantes. Dêem uma olhada no link da brasiliense: http://www.editorabrasiliense.com.br/primeirospassos/primeirospassos_index.html

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

EXERCÍCIOS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Seguem os exercícios sobre acentuação gráfica, dirigidos aos alunos do primeiro ano de pedagogia.
Devem ser resolvidos e trazidos para a próxima aula, para que possamos comentar.
Divirtam-se.

SOBRE O TEXTO "CONSTRUÇÃO", DE CHICO BUARQUE DE HOLLANDA:
1. Por que ocorre acentuação gráfica na última palavra de cada verso do texto?

2. Além da última palavra de cada verso, há apenas uma outra acentuada no texto. Qual é e por que recebe acento gráfico?

3. Observe as seguintes palavras, retiradas do texto: náufrago, máquina, música, público, tráfego. Elas pertencem a que classe de palavras? Se fosse retirado o acento gráfico, continuariam existindo? Explique.

SOBRE O TÓPICO "ACENTUAÇÃO GRÁFICA":
1. Observe a grafia e acentuação das palavras abaixo e indique a alternativa em que todas estão grafadas corretamente:
a) privilégio, espontâneo, ressureição.
b) má-criação, abstração, exitação.
c)maciço, sisudez, classissismo.
d) acessor, sargeta, senzala.
e) incursão, propensão, mixto.

2. Reescreva corretamente as palavras grafadas de maneira errônea na questão acima.

3. A mesma regra de acentuação que vale para rápida, vale também para:
a) mutável, estaríamos, vírgula, admissíveis.
b) ortográfico, colégios, egípcios, língua.
c) básicos, difícil, colégios, língua.
d) português, inglês, símbolos, lânguido.
e) vírgula, simbólico, símbolo, hieróglifos.

4. Justifique a acentuação dos seguintes vocábulos:
históricos, país, índio, herói, Júpiter, módulo, álbum, jacaré.

5. Somente numa série abaixo, todas as palavras estão acentuadas corretamente. Assinale-a:
a) rápido, séde, corte.
b) Satanás, ínterim, espécime.
c) Corôa, vatapá, automóvel.
d) cometí, pessegozínho, viúva.
e. Lápis, raínha, côr.

6. Reescreva as palavras acima, fazendo a acentuação correta.

EXERCÍCIOS E AULA

Gente, a partir das 18 horas de hoje, os exercícios estarão disponíveis aqui na página deste blog.
Também deixarei disponível no xerox uma cópia da aula sobre acentuação gráfica. Quem quiser o arquivo em power point, escreva um email pra mim e eu envio: mugwumps@ig.com.br
Continuem acessando o blog, em breve novidades: vou colocar fotos, links e outras cositas más.
abraços

terça-feira, 14 de agosto de 2007

FANZINE: PRODUÇÃO ALTERNATIVA NA ESCOLA

Originalmente, fanzine é uma publicação feita pelo fã. A palavra é um neologismo de origem inglesa, formada a partir da contração das palavras “fanatic” e “magazine” – literalmente, “revista do fã”.
Para alguns estudiosos, apenas a publicação que traz textos, informações e matérias sobre determinados assuntos, especificados e definidos pelos editores, pode ser considerada um fanzine. Porém, podemos chamar de fanzine qualquer publicação de caráter amador ou educativo que seja elaborado sem a intenção de lucro, com objetivo de comunicação e informação sobre um tema.
Em um fanzine, podemos encontrar textos sobre variados assuntos, histórias em quadrinhos, poesias, divulgação de bandas, contos, crônicas e resenhas, colagens, desenhos e tudo mais que for considerado interessante. Para fazer um fanzine, antes de tudo, é preciso iniciativa e concentração de um grupo de pessoas que tenha como objetivo divulgar informações sobre produção artística, educacional ou cultural, para que desta forma possam ser multiplicadas e enviadas para variados tipos de leitores, sempre à margem do esquema comercial da produção cultural.
Um fanzine é diferente de uma revista tradicional justamente porque não se preocupa com o mercado editorial nem com o lucro que possa ocorrer. É uma forma de expressão livre, feita em função dos direcionamentos dados pelo grupo de editores. Publicação independente e livre, o fanzine pode ser reproduzido e pode também dar origem à outros fanzines.
No caso da escola, o fanzine pode ser uma produção interessantíssima, realizada como criação coletiva de professores e alunos, a partir de um tema do conteúdo. Pode também assumir o papel de um veículo de comunicação entre diversos segmentos que compõem a escola. Para a disciplina de Língua Portuguesa, visando a produção de textos, é obvio que o trabalho com fanzines pode trazer inúmeros benefícios. Demonstrar o caráter abrangente, criativo e prático da língua – atributos que nem sempre ficam claros nas aulas expositivas sobre os temas mais comuns da disciplina - são apenas alguns. Fanzine pode fazer milagre: tornar alunos críticos-criativos (e de quebra, questionar os valores de suprema sabedoria dos mestres, pois põem à prova o fato de que todos podem e devem escrever, e têm o que dizer).
Com organização, definição temática, objetivos, tempo e o mínimo de recursos, é possível fazer fanzines e torná-los uma ferramenta da construção de conhecimentos na escola. O papel do professor é de incentivador, mediador e articulador entre os conteúdos temáticos da disciplina e os conteúdos que serão expressos no fanzine.
Hoje em dia, com o advento da internet e dos meios eletrônicos, existem os chamados “fanzines eletrônicos”, ou "e-zines". Sua característica é trazer para a linguagem do computador os temas e assuntos tratados outrora nos fanzines impressos. Também é uma maneira interessante de utilização dos meios de comunicação em sala de aula. É possível, por exemplo, criar um fanzine e um e-zine, no formato de blog, para dar mais sustentação e abrangência ao projeto.
Para produzir um fanzine na escola, é preciso, como sempre, planejamento, definição de objetivos e etapas. A produção pode ser realizada com uma turma, um grupo de alunos e professores, ou com várias turmas da escola. Também é possível utilizar um conteúdo temático (uma publicação sobre "verbos" ou "orações subordinadas", por exemplo, ou como parte da produção de textos, com tema delimitado pelo mestre), ou pode ser feita com tema livre, com objetivo de criar um meio de comunicação interclasses. É interessante que o professor não imponha suas vontades ou sua maneira de pensar, mas participe com os alunos das decisões a respeito da escolha de temas, linha editorial, quem faz o quê, etc. Só depois de o trabalho concluído, deve-se realizar a avaliação, a partir de critérios pré-definidos com a turma.
Estes critérios podem abranger desde o tema escolhido, passando por questões gramaticais, ortográficas e sintáticas, incluindo questões sobre ética e metodologia da produção de textos.
É sempre importante que se defina o tipo de material que será utilizado para a confecção dos fanzines – tipo de papel, cola, tesoura, revistas para se fazer colagens, fotografias, cd-rom, computador, canetas, lápis de cor – e também que se defina o formato e a tiragem de cada publicação. O fanzine vai ser publicado no formato de uma revista e reproduzido via "xeróque"? Ou vai ser um fanzine mural? Quantos exemplares serão impressos? De onde virá o financiamento para a pulicação? Todos esses temas devem ser discutidos e definidos em conjunto com a turma. A definição dos temas passa também pelo definição do chamado "público alvo". Quem vai ler? A escola inteira? Pais, professores e alunos? Ou apenas a turma que produziu? Aqui, pode-se incluir também na metodologia uma pesquisa a respeito dos temas a ser publicados.
Esta pesquisa pode ser feita primeiramente com a própria turma -o que dá liberdade ao professor para incluir um tema do conteúdo da disciplina, como uma das matérias que serão publicadas.
Outra coisa importante é definir a periodicidade da publicação. Isto incluirá a definição de quando e como a produção vai ocorrer: durante as aulas? No horário contrário às aulas? Como trabalho de casa? Defina uma agenda para o fanzine!
Sempre é bom lembrar que esta atividade manter sua ludicidade (o que não a desmerece enquanto uma atividade didático-pedagógica, científica, séria). O professor deve estar preparado para perceber que, se num primeiro momento isto pode ser definido como um trabalho coletivo, feito com toda uma turma ou com um número estipulado de turmas, a segunda etapa inclui, além da avaliação, a necessidade de os próprios alunos definirem se querem ou não continuar com o projeto – mesmo porque não se pode passar todo um ano letivo apenas produzindo fanzines. Sempre que necessário, o professor pode pedir uma produção de fanzine, ao invés de pedir aos alunos um trabalho nos moldes tradicionais.
Um fanzine é uma produção lúdica, criativa e educativa, que deve fazer parte do planejamento da disciplina de Língua Portuguesa, em todas as séries.


Para maiores informações, leiam:
O QUE É FANZINE. De Henrique Magalhães. Editora Brasiliense, ano 2004, Coleção Primeiros passos http://www.editorabrasiliense.com.br/primeirospassos/fanzine.htm
Digitem “fanzine” no campo de buscas do site Google e vocês terão inúmeras páginas a respeito. Leiam, produzam e divirtam-se.
Abraços

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

O SENTIDO DO BLOG

Galera, gostaria de lembrar a todos que este blog só terá sentido e cumprirá sua função se vocês, alunos de Pedagogia, acessarem, lerem, deixarem comentários e entrarem no clima do blog. Quero lembrar que o acesso a este blog faz parte da metodologia do nosso trabalho. Portanto, apareçam, sejam colaboradores.
Abraços a todos

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

ESCREVER E LER É FÁCIL E NECESSÁRIO

A língua portuguesa costuma ser uma disciplina que traz a tona paixões e ódios. Porém, uma coisa é certa: se refletirmos que para nós não existe vida sem a língua portuguesa, já que o tempo inteiro estamos usando nosso idioma para qualquer atividade, e nossas estruturas de pensamento são fundamentadas a partir da noção de mundo que adquirimos através da língua, é possível estabelecer uma relação mais tranqüila entre o falante-estudante e a língua de Camões.
Escrever diariamente, procurando sempre refletir sobre o texto que produzimos, é um exercício que aos poucos vai nos trazendo mais liberdade e tranqüilidade na utilização do idioma. Devemos saber que a língua é algo complexo, vivo, que está em constante transformação, adquirindo novas formas e novos conceitos, novas palavras e novas maneiras de expressão. Sendo assim, estudar ou refletir a fundo sobre o próprio idioma é uma tarefa também complexa, mas que acaba sendo compensadora, pois nos tornamos mais aptos a compreender todas as possibilidades que o conhecimento nos traz. Além do que, estudar um idioma é o primeiro passo para que possamos também compreender melhor ou aprender outro idioma.
Escrever é relativamente fácil, mas requer auto-crítica e um conhecimento mínimo das regras e normas que regem a escrita. Se analisarmos minimamente determinados conceitos, certamente teremos possibilidade de nos tornarmos bons escritores, não no sentido profissional, mas no sentido cotidiano, de pessoas conscientes do papel de guardiães de nossa própria cultura.
Um grande aliado é nosso amigo dicionário. Além do famoso e sempre difundido "Aurélio", eu, particularmente, gosto muitíssimo do Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa, que é de longe o mais completo dicionário de português existente no mundo. Este dicionário é fruto de uma pesquisa de 19 anos, liderada na maior parte do tempo pelo intelectual Antonio Houaiss (1915-1999), que infelizmente, faleceu antes de sua obra ser concluida. Se você não possui um dicionário, eu aconselho a comprar um, e não pense nisso como um desperdício de dinheiro (bons dicionários costumam ter preços não muito baratos, infelizmente), pois um livro é sempre um investimento. Um dicionário de qualidade vai acompanhá-lo por toda a vida. Ao contrário do dito popular que chama de "pai dos burros", eu acho que dicionários são, sim, Amigos dos Espertos, porque somente os incautos ou arrogantes não consultam dicionários.
Uma outra sugestão é ler, tudo, o tempo inteiro. É claro que tendemos a concentrar nossas leituras a obras de nosso gosto, mas lembre-se: o bom leitor amplia seu universo de leitura com o tempo, vai descobrindo coisas novas, novos autores, novos livros, novos gêneros, sem preconceitos. Toda leitura é válida, especialmente num país de analfabetos funcionais e preguiçosos, como ainda é o nosso.
Não ter dinheiro não é desculpa: há bibliotecas, há livros baratos (como, por exemplo, os livros da série "pocket", da editora gaúcha L&PM - http://www.lpm.com.br/), há a internet, há amigos de quem podemos emprestar, há revistas. O que não pode haver são desculpas esfarrapadas para não ler! Quem não lê está por fora, e na universidade, especialmente num curso de ciências humanas e educação, como é o caso da Pedagogia, não é admissível que os estudantes não leiam, no mínimo, uns quatro ou cinco livros por mês.
Acreditem, ler e escrever são atividades intimamente ligadas, e quando se começa, não se consegue parar mais. Espero que, mesmo com o curto tempo que temos pela frente, possamos melhorar nossa relação com a leitura e a escrita neste semestre.
Comecem lendo e fazendo comentários neste blog!
Um abraço e até quinta-feira.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

MATARAM MEU CACHORRO

Hoje, cheguei em casa de minha mãe e todo mundo estava triste. Disseram-me que meu cachorro pinscher, Billie, com 13 anos de idade, havia sido envenenado.

O que isso tem a ver com nossas aulas de pedagogia? Talvez nada, mas talvez muita coisa. Pra começar, estamos sempre falando em educação, mas nem sempre refletimos que a educação que tanto apregoamos passa necessariamente pela melhoria das relações entre as pessoas.

Basicamente: não interfira na vida de ninguém, respeite ao próximo e mesmo que aquilo que outra pessoa faça - seja em termos sexuais, pessoais, intelectuais, políticos, sociais, artísiticos et coetera - possa não ser algo edificante para você, admita que ninguém tem o direito de direcionar o comportamento do outro a partir dos padrões que assume como próprios. Isso é uma grande lição para nós, educadores, que confundimos muitas vezes nosso papel, Afinal, somos orientadores ou doutrinadores da psiquê e da persona alheia?

Não podemos ser doutrinadores! Cada um de nós, sujeitos individuais que habitam o planeta Terra neste começo de século, em meio a tantas contradições e tanta ausência de sentido e tanta falta de ética e tantas guerras e tanto sofrimento e tanta falta de comunicação, mas ao mesmo tempo com um fio de esperança de que tudo se torne melhor o mais breve possível, cada um de nós tem o direito de ser o que é. Aquilo que venho lhes falando em sala: não podemos impor, mesmo porque quando nos impõem qualquer coisa que seja, nos sentimos ultrajados em nossa individualidade. É claro que existem normas de convivência, e que isso tudo que estou lhes dizendo implica no "semancol" que temos que ter para não invadir a subjetividade alheia.

Pois foi exatamente o contrário disso que o canalha que deu veneno pro meu cachorro fez. Simplesmente agiu de forma cínica, abolindo todas as regras mínimas de convivência, e atingiu a um ser inocente, com a fúria que provavelmente deveria ser dirigida ao dono do cachorro. É muito mais difícil e complicado envenenar uma pessoa, afinal...

Eu tenho pena, mas isso tudo me faz refletir que temos o dever de acreditar e propagar os ideais humanos, de solidariedade, fraternidade, convivência pacífica, mesmo diante de tantas diferenças e tanta diversidade que marcam nossa vida. Qual o problema em ser "diferente"? Creio que é dessa forma temos que agir na escola, com nossos alunos, começando por nós mesmos a ter uma postura mais tolerante em relação ao outro - o que não quer dizer uma postura banana ou passiva, que fique bem claro, mas uma postura de respeito, a si mesmo, em primeiro lugar.

Bem, minhas queridas alunas e alunos. Tomara que vocês leiam esse blog e que isso sirva para que nós possamos, de alguma forma, ao menos vislumbrar uma postura diferenciada de nossa atuação na escola, enquanto educadores críticos, que crêem em ideais nobres, mesmo diante de tanta barbárie.

Dedico esse post ao meu cão, William Fitzgerald II, chamado por nós de Billie, que me amou incondicionalmente entre 1994 e 2007, e teve um triste fim.

Abraços a todos.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DE LÍNGUA PORTUGUESA

As aulas de hoje foram o pontapé inicial em um projeto que pode realizar uma experiência interessante para o curso de Pedagogia.
Sem dúvidas, temos limitações, mas dentro de nossas possibilidades, poderemos viabilizar um estudo produtivo. Para mim, a realização de um projeto em educação é sempre algo excitante, e trabalhando com mentes produtivas, tenho certeza de que sairá algo de bom.
Na próxima aula, daremos início à produção de fanzines. A primeira coisa que faremos é conceber este tipo de publicação, da qual falei brevemente na aula de hoje, e fazer uma pesquisa a respeito deste tema na internet e em outros meios. Deixo a dica: há um evento que acontecerá na UEPG, chamado "Semana de Folkcomunicação", em que há um concurso para fanzines. Seria legal que a gente produzisse a tempo de alguém aí da turma participar, já que é um evento acadêmico que tem bastante a ver com nosso tema. O link do evento é esse: http://www.uepg.br/folkcom2007/. Acessando este site, vocês terão maiores informações sobre este evento. É claro que não é do curso de Pedagogia, mas nada impede ninguém de participar, além do que, podemos dessa maneira aumentar nosso conhecimento a respeito das relações entre a educação e comunicação e romper com o didatismo positivista que quer acreditar que nós, educadores, somos o umbigo do mundo.
Outro link interessante que vocês podem acessar é o blog de meu amigo, professor Márcio Oliveira, da UERJ, que trabalha com o ensino da didática. Dêem uma olhada, façam um comentário, digam que fui eu que indiquei o blog pra vocês. O link para o blog é http://wwwensinodidatica.blogspot.com/
Com esses acessos, vocês vão perceber que a internet é um instrumento que pode ser um grande aliado dos educadores em sua nobilíssima e árdua tarefa de educar seres humanos.
Na seqüência deste blog, vou linkando outras coisas, outros blogs, filmes, textos, fotografias, sites interessantes. Vocês não só podem como devem contribuir, primeiramente, acessando o blog e sempre postando comentários.
Na próxima aula, vou ver quem acessou o blog e fez comentário.
"Vamo que vamo que a hora é essa".
Um abraço.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

O começo e o fim de tudo

Olá, queridas alunas e alunos do curso de Pedagogia da Secal.
Como já havia lhes dito, iniciaremos nossos estudos em Língua Portuguesa com a criação deste blog, que tem por objetivo tornar-se um instrumento de apoio às aulas. Um blog é interessante porque podemos pôr em prática nossa produção de maneira imediata, além de possibilitar uma maneira diferente da tradicional para os debates e trocas de idéias e informação sobre os conteúdos de nossa disciplina.
Enquanto educador que se supõe crítico, penso que temos que superar a velha prática educacional tradicional, que já tem mais de 300 anos e que contribui de maneira deficitária para a formação plena das novas gerações. A educação pelos meios não é algo novo, há inclusive uma disciplina que compreende esta relação, a educomunicação, que já possui inúmeras pesquisas e experiências. Tais experiências e práticas demonstram que, quando utilizados de maneira ampla e produtiva, os meios de comunicação podem ser aliados fundamentais para uma prática educacional no século XXI.
Rádio, jornal, TV, cinema, fotografia digital, mp3, e suas linguagens podem ser um suporte interessante para a síntese e um canal aberto para novas experiências que se traduzam em novos conhecimentos. O que temos todos nós, educadores, a fazer, é perder os receios e partir para a ação, pois está em jogo o futuro da escola, das novas gerações e do próprio papel do professor, daqui para adiante.
Devemos fundar um tipo de relacionamento entre professores e alunos, e não resta dúvidas de que os meios de comunicação têm um papel preponderante no estabelecimento desta nova relação. Ninguém tem nada a perder com experiências deste tipo, além do que, estaremos utilizando a internet e suas ferramentas de uma maneira inteligente, não apenas como entretenimento, mas substancialmente para marcar posição diante da utilização dos meios na educação.
Estudantes de Pedagogia (e de qualquer outra área, afinal) têm como dever pensar, refletir e dar respostas criativas à crise da escola. É mais do que urgente repensarmos no modelo de educação que temos, e para isso, precisamos ter consciência crítica de nosso papel enquanto educadores, e também refletir sobre os problemas e não ter medo de novas práticas e experiências.
É claro, não devemos confundir a utilização dos meios com pirotecnia - pois de nada adianta usarmos de tecnologia avançada com um discurso ultrapassado. Nada substitui nossa postura crítica diante dos problemas comuns à escola: hierarquização, a questão da disciplina, do acesso ao saber, e também o analfabetismo tecnológico, que é tão grave quanto o analfabetismo do letramento.
Bem, está lançada a idéia, aqui vamos nos encontrar e conversar, estudar e trocar idéias.
Espero contar com a participação de todos.
Um abraço